sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Aquele que se eleva será rebaixado (II)


Então, a mãe dos filhos de Zebedeu se aproximou dele com seus dois filhos e o adorou, dando a entender que lhe queria pedir alguma coisa. — Disse-lhe ele: “Que queres?” “Manda, disse ela, que estes meus dois filhos tenham assento no teu reino, um à sua direita e o outro à sua esquerda.” — Mas, Jesus respondeu, “Não sabes o que pedes; podeis vós ambos beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos.” — Jesus lhes replicou: “É certo que bebereis o cálice que eu beber; mas, pelo que respeita a vos sentardes à minha direita ou à minha esquerda, não me cabe a mim vo-lo conceder; isso será para aqueles a quem meu Pai o tem preparado.” — Ouvindo isso, os dez outros apóstolos se encheram de indignação contra os dois irmãos. — Jesus, chamando-os para perto de si, lhes disse: “Sabeis que os príncipes das nações as dominam e que os grandes os tratam com império. — Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; — e, aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo; — do mesmo modo que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos.” (S. MATEUS, capítulo XX, vv. 20 a 28.)

Estas máximas decorrem do princípio de humildade que Jesus não cessa de apresentar como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor e que ele formulou assim: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que o reino dos céus lhes pertence.” Ele toma uma criança como tipo da simplicidade de coração e diz: “Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade.
A mesma idéia fundamental se nos depara nesta outra máxima: Seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior, e nesta outra: Aquele que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado.

Espiritismo sanciona pelo exemplo a teoria, mostrando-nos na posição de grandes no mundo dos Espíritos os que eram pequenos na Terra; e bem pequenos, muitas vezes, os que na Terra eram os maiores e os mais poderosos. E que os primeiros, ao morrerem, levaram consigo aquilo que faz a verdadeira grandeza no céu e que não se perde nunca: as virtudes, ao passo que os outros tiveram de deixar aqui o que lhes constituía a grandeza terrena e que se não leva para a outra vida: a riqueza, os títulos, a glória, a nobreza do nascimento. Nada mais possuindo senão isso, chegam ao outro mundo privados de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as próprias roupas. Conservaram apenas o orgulho que mais humilhante lhes torna a nova posição, porquanto vêem colocados acima de si e resplandecentes de glória os que eles na Terra espezinharam.

O Espiritismo aponta-nos outra aplicação do mesmo princípio nas encarnações sucessivas, mediante as quais os que, numa existência, ocuparam as mais elevadas posições, descem, em existência seguinte, às mais ínfimas condições, desde que os tenham dominado o orgulho e a ambição. Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes.


Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 4 e 6

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domingo, 15 de março de 2020

O Espírita na Sociedade

O Espírita na Sociedade
Qual o papel do espírita na sociedade? Aparentemente esta resposta é simples, mas, na prática afigura-se como análise incômoda para muitos e, até fruto de ideias muito diversas. Quem diria…

Quem é o espírita?
É o adepto da doutrina espírita (ou espiritismo), que é uma filosofia de vida, um conjunto de ideias, com bases experimentais e com consequências morais. Nada tem a ver com religiões, seitas, bruxarias, magias, crendices, etc.

Estudando a obra literária de Allan Kardec, vemos em “O Livro dos Espíritos”, na “Lei de Sociedade”, que vivemos na Terra, todos em conjunto, todos diferentes, com capacidades díspares, para que possamos evoluir, aprendendo uns com os outros e, treinando assim a cooperação fraterna entre todos, a caminho de um mundo melhor.

Existem espíritas que, acomodados dentro das 4 paredes do seu centro espírita, pouco ou quase nada fazem fora do mesmo.
Outros, pensam mesmo que o seu trabalho é de ajuda, oração, serviço ao próximo, mas, ali dentro do centro espírita, fora do bulício diário e das dificuldades sociais, numa espécie de retrocesso aos conventos de outrora.

Existem espíritas que pensam devermos ter um papel mais activo na sociedade, mas não nas áreas mais difíceis, mais polémicas. Essas, devemos deixar para os demais e, remetermo-nos à oração, deixar tudo nas mãos de Deus, que decerto resolverá os problemas sociais.

Ora, o espiritismo, como doutrina (conjunto de ideias) filosófica de consequências morais, que revela as leis que regem o intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo, tem grande responsabilidade social.
Já imaginaram se, fruto da boa vontade de uns, da capacidade de comunicar de outros, do esforço de muitos, se conseguisse passar a ideia da imortalidade (baseada em factos), da reencarnação (baseada em factos) e, da Lei de Causa e Efeito (baseada em factos) à Humanidade?

E se esta os assimilasse?
Como o mundo mudaria rapidamente, no que concerne à parte moral…
Muitos espíritas empenham-se (e bem) em campanhas contra o aborto, a eutanásia, contra a pena de morte.
No entanto, ficam amorfos perante a corrupção social e política, ficam quietos perante situações sociais fracturantes, com receio, quiçá, de perderem adeptos ou para darem uma imagem de gente boazinha e caridosa, disfarçando assim a sua preguiça e pró-actividade social.

Este é o grande equívoco dos espíritas.
Kardec refere, e bem, que o mal se insinua, pela ausência dos bons.
O espírita, como ser social deve empenhar-se em todas as áreas da vida, sem limite de qualquer espécie, levando a todos os departamentos da sociedade a luz da doutrina espírita.

Perigosamente, vemos espíritas válidos, a demitirem-se das suas obrigações sociais, devido a uma abordagem doutrinária igrejeira, mística, amorfa, pseudo-espiritualizada, que nada tem a ver com a visão de Kardec.

Quem não desejaria que os governantes fossem espíritas honestos, os banqueiros também o fossem, o sistema financeiro, os empresários das multinacionais e por aí fora? Certamente ficaríamos todos felizes.
No entanto, ficamos pachorrentamente, em casa ou no centro espírita, lendo, meditando, orando, e esperando que Deus faça aquilo que compete aos homens fazer: transformar a sociedade, transformando-se interiormente em primeiro lugar.

Freitas Nobre, no Brasil foi político reconhecido. Bezerra de Menezes foi deputado (teve de fazer campanha eleitoral) e isso não o impediu de desempenhar o seu cargo com honradez. Gandhi foi um revolucionário político, talvez o maior, depois de Jesus de Nazaré.
Talvez fosse útil reler os livros de José Herculano Pires (filósofo e escritor brasileiro, espírita), que foi, na opinião do médium Francisco Cândido Xavier, o metro que melhor mediu Kardec.

Para muitos espíritas, as actividades sociais são previamente seleccionadas, por uma espécie de novo “Vaticano”, que vai disseminando “directrizes”, em contra-ciclo com as exigências sociais, bem como os deveres naturais de qualquer cidadão e, mais ainda, de qualquer espírita.

Veja o que gosta de fazer, qual a sua tendência, e embrenhe-se bem na sociedade, levando à mesma a honestidade, autenticidade, tolerância e fraternidade que, são apanágio da filosofia e moral espíritas.
Como nos recorda o Evangelho, a fé sem obras de nada vale.


José Lucas - 26.10.17
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Intenção


Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou má, influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação, por mais simples que seja, se feita com coração, produz benefícios na vida das pessoas.


Budha
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

terça-feira, 14 de junho de 2016

Audio Book - Violetas na Janela (Completo)


Violetas na Janela conta a história de Patrícia que desencarnou aos 19 anos, e de sua trajetória no mundo espiritual.

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

☆ DICA DE LEITURA ☆ No Mundo Maior - Chico Xavier/André Luiz - Download


Neste livro são analisados os distúrbios psíquicos a partir do Plano Espiritual e os encontros e desencontros da Medicina terrena ante as lições da Doutrina dos Espíritos. 

Para ler ou fazer o download gratuito clique aqui.
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